Azulejo Séc. XVIII – Anjo

O Azulejo é uma das expressões mais fortes da Cultura em Portugal.

O Azulejo traz consigo cinco séculos de uma das contribuições mais originais do génio dos portugueses para a Cultura Universal.

É a partir do séc. XVII, com a restauração da independência em 1640 que o azulejo passa a ter um papel de destaque na arquitetura portuguesa.

A expressão ganha pela nobreza a nível nacional leva à construção de novas residências palacianas que vão exigir um grande número de azulejos para revestir superfícies em interiores e jardins. Vão-se destacar as composições polícromas (amarelo, azul e também apontamentos em verde e castanho) de tradição holandesa.

Durante quase 50 anos importaram-se dos Países Baixos conjuntos monumentais de azulejos. Reagindo à concorrência externa, as oficinas nacionais chamam a si pintores com formação académica e inicia-se o período de desenvolvimento da produção nacional, conhecido pelo ciclo dos mestres.

A partir da segunda metade do século XVIII o número de encomendas aumenta, (também vindas do Brasil) e a riqueza durante o reinado de D. João V (proveniente das minas de ouro e de diamantes do Brasil) permite o aumento sem precedentes da produção de azulejo de onde resultam os maiores ciclos de painéis historiados.

Nas igrejas o azulejo reveste todas as superfícies, incluindo tetos e abóbadas e observa-se um complemento estético entre a talha dourada do período barroco português e as molduras ondulantes do azulejo.

Estas peças Terra Lusa representam pormenores de painéis de azulejos do séc.XVII e XVIII e são o tributo Terra Lusa a todos os mestres e pintores da azulejaria portuguesa que permitiram a Portugal um reconhecimento universal neste campo das artes.