Bordado de Castelo Branco

O Bordado de Castelo Branco é hoje uma referência cultural da identidade regional e constitui uma peça de inequívoco valor do Património Cultural do nosso país.

O bordado de Castelo Branco reconhece-se pelas suas temáticas decorativas predominantes, ao nível dos desenhos e da organização das composições, dos pontos utilizados, da paleta de cores e das matérias-primas (seda natural e linho artesanal).

“Podemos definir as colchas bordadas ou panos de armar de Castelo Branco como objetos têxteis com funções de caracter sumptuário usados nos interiores portugueses com fortíssimas raízes num longo passado, marcando o fenómeno do encontro de culturas entre o Ocidente. Detectam-se claramente os pontos de encontro do bordado de Castelo Branco e do bordado oriental, quer da Índia ou da China, dos panos pintados indianos e mesmo das artes decorativas orientais, sejam tapetes, porcelanas ou faianças. As colchas designadas como indo-portuguesas, dos séculos XVII e XVIII, e as colchas de fabrico de Lisboa de finais de XVII e XVIII (peças de grandes dimensões, muito sumptuosas e de requintado trabalho oficinal) constituem modelos importantes para as colchas de Castelo Branco.” In “Fios-
-Formas e memórias dos tecidos, rendas e bordados” , por Luísa Arruda

Agradecimentos:
Informação – CRAT Centro Regional Artes Tradicionais, Museu Francisco Tavares Proença.
Manuela Serra, ilustre bordadeira albicastrense, pela cedência de exemplares de obras saídas das suas mãos para ilustração do relógio, leque e pano microfibra ref. bordado.